A think tank Brasil Paralelo de extrema-direita é conhecida por quem pesquisa e monitora estratégias de propaganda e táticas digitais de radicalização de público. Em colaboração com a reportagem do site Núcleo, Lori Regattieri explica a estratégia da produtora audiovisual.
Em maio de 2022 a Brasil Paralelo possuía dois CNPJs rodando anúncios com os mesmos CTAs (Call-to-Action) e imperava como a maior anunciante de política no Facebook e no Instagram, ambas da empresa Meta.
“Em uma semana, essas duas páginas gastaram quase 263 MIL REAIS e rodaram cerca de 1412 peças. A estratégia de campanha, captação, aquisição e persuasão/conscientização funciona como um clássico funil de vendas do marketing digital: atrair, converter, relacionar, vender e analisar”, explica Lori em um fio do Twitter.
Anunciantes costumam usar a mesma imagem, vídeo e texto para criar campanhas com datas de início, localizações ou orçamentos diferentes. Isso significa que a think tank de extrema-direita testa ‘criativamente’ uma mesma peça variando orçamento, público-alvo e plataforma.
A utilização do rótulo para causas sociais, eleições e política não é obrigatório, mas a Meta garante que após os anúncios começarem a ser veiculados, identificam se eles são sobre temas sociais, eleições ou política e também removem os anúncios.
Por fim, faça as contas, a diferença entre a Brasil Paralelo e os outros anunciantes é gritante. O conteúdo veiculado nas plataformas meta pelo Brasil Paralelo promove propaganda supremacistas, desinformação e revisionismo histórico.
Leia a reportagem completa:
Produtora de vídeo contra sistema eleitoral, Brasil Paralelo lidera gastos com anúncios de política no Facebook e no Instagram
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