“Desinformação tem a ver com manipulação e está lado a lado com o desenvolvimento das tecnologias de empresas, como Facebook e Twitter, para um modelo de negócios de engajamento”.
É assim que Lori Regattieri, pesquisadora há dez anos sobre notícias falsas nas plataformas digitais e criadora do Ecomídia, explica o ambiente de desinformação na internet para o Infoamazonia.
Como parte do especial “Amazonas: mentira tem preço”, o veículo investigou o canal do Youtube ligado ao príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança que compartilha desinformação em vídeos que defendem propriedade privada e marco temporal.
Dom Bertrand é fundador do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira (IPCO), criado em homenagem a um dos articuladores do golpe que estabeleceu a ditadura no Brasil (1964-1985) e defende a restauração da monarquia no Brasil.
Para a reportagem, Lori avalia que o IPCO segue o modus operandi da extrema direita mundial. “Há uma conexão global e uma aliança global de troca de saberes e de como operacionalizar campanhas de propaganda. Isto tem a ver com desinformação porque há anos ela é usada para propaganda de guerra e militar para persuasão. São nesses territórios que tem grande atuação de Garantia de Lei e Ordem (GLO) também. Há uma porcentagem altíssima de engajamento nos posts de Mourão, por exemplo. Desinformação tem a ver com manipulação e está lado a lado com o desenvolvimento das tecnologias de empresas, como Facebook e Twitter, para um modelo de negócios de engajamento.”
Leia a reportagem completa no Infoamazonia:
No Youtube, canal ligado ao príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança compartilha desinformação em vídeos que defendem propriedade privada e marco temporal.